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Por que o microgerenciamento é ruim para sua empresa?

O microgerenciamento pode diminuir o rendimento dos colaboradores e tornar o ambiente de trabalho tóxico. Aprenda como evitar.
06 de outubro de 2022

Com a pandemia de Covid-19 e a impossibilidade de trabalhar presencialmente, as empresas precisaram se adequar ao modelo remoto. Com os funcionários trabalhando de casa, muitos líderes tiveram a sensação de falta de controle em relação a suas equipes.

Preocupados em manter os níveis de produtividade semelhantes à pré-pandemia, alguns gestores passaram a acompanhar com mais atenção o serviço dos seus funcionários, chegando a controlar os mínimos detalhes do cotidiano corporativo.

Esse excesso de controle é chamado de microgerenciamento (do inglês micromanagement) e tem efeitos ruins na equipe a médio e longo prazo.

O impacto negativo da microgestão é tanto que ela é considerada uma patologia corporativa capaz de desestimular funcionários, levando a baixos níveis de engajamento e produtividade.

Descubra abaixo mais detalhes sobre o que é o microgerenciamento, como identificá-lo e por que ele é negativo para sua empresa.

Continue a leitura para aprender sobre:

  • O que é microgerenciamento;
  • Como identificá-lo;
  • 4 efeitos negativos da microgestão;
  • A microgestão no desenvolvimento de softwares;
  • Como sair do microgerenciamento;

O que é microgerenciamento?

O microgerenciamento significa o controle excessivo de um gestor ou supervisor em como o trabalho deve ser feito, retirando ou diminuindo a autonomia do colaborador sob a realização de tarefas e processos da empresa.

Esse é um termo bastante antigo no vocabulário corporativo, aparecendo pela primeira vez em 1975 em um artigo da revista britânica The Economist. Porém, sua prática chega a ser identificada bem antes disso, nas décadas de trinta e quarenta do século passado.

Nos últimos anos, o microgerenciamento voltou a ganhar grande repercussão com a pandemia de Covid-19, quando os colaboradores passaram a trabalhar de casa e os gestores encontraram dificuldades na supervisão de forma remota.

Assim, começou a se tornar comum os gestores acompanharem com excessiva atenção cada detalhe dos processos e atividades dos colaboradores, pedindo também para serem anexados a todos os e-mails e consultados em cada mínima decisão.

Esse tipo de gestão, inclusive, é considerado pelas ciências como um tipo de patologia corporativa. Segundo o pesquisador e médico Richard D. White, o microgerenciamento é um comportamento compulsivo, parecido com um vício, e se configura pela vontade de controlar pessoas e processos. Isso acontece, ainda segundo White, quando os indivíduos se sentem incertos e inseguros.

No entanto, isso não quer dizer que todo gestor preocupado com detalhes seja um microgestor. Descubra abaixo as principais características que representam esse comportamento.

>> Leia também: O que é Blitzscaling?

Como identificar o microgerenciamento?

Na prática, o micro-gestor é muitas vezes aquele supervisor que se intromete em tudo e quer ter sob seu controle todos os processos e resultados dos subordinados. Abaixo, identificamos alguns comportamentos que configuram a microgestão:

  • Perfeccionismo extremo nas entregas;
  • Centralização do maior número de demandas possíveis;
  • Desejo de ter a palavra final mesmo sobre pequenas decisões;
  • Necessidade de estar sempre a par dos mínimos avanços realizados pela equipe, inclusive pedir para ser anexado em todos os e-mails;
  • Preocupações com o tempo de trabalho gasto pelos colaboradores, incluindo as horas de intervalo;
  • Falta de confiança na equipe e nas habilidades de cada funcionário;

Homem coloca as mãos no rosto em sinal de cansaço

Por que o microgerenciamento é ruim para sua empresa?

Uma boa supervisão é aquela capaz de alinhar e direcionar o trabalho dos seus funcionários. Uma microgestão, por outro lado, tem efeitos negativos na produtividade e na saúde da equipe como um todo. Veja abaixo as razões do porquê isso acontece.

1) Desmotiva e desengaja o colaborador

De acordo com relatório desenvolvido pelo Gartner, o controle dos mínimos detalhes pode desengajar e desmotivar os funcionários. 

Isso porque a microgestão impacta na autoconfiança dos colaboradores sobre suas próprias habilidades e conhecimentos, fazendo com que eles sempre se questionem sobre as suas capacidades. Em alguns casos, como aponta o Gartner, o profissional pode se achar ruim ou não merecedor do cargo.

Também é possível que, com o tempo, o funcionário acabe desenvolvendo algum tipo de receio em se comunicar com o seu superior. Já que ele sabe que sempre será questionado ou orientado a seguir pelo caminho de quem o supervisa.

Com esse cenário, o colaborador se sentirá menos confiante em compartilhar até, por exemplo, uma melhoria identificada por ele.

2) Interfere no clima de trabalho

O clima organizacional é um dos elementos chaves para uma empresa ter sucesso. Não é à toa que o tema é preocupação de estudos acadêmicos e de líderes organizacionais mundo afora.

Dessa forma, um clima no qual o gestor se coloca sempre acima dos seus subordinados, questionando e supervisionando os mínimos detalhes é possível se transformar em um "ambiente tóxico".

Segundo um estudo publicado na revista International Journal of Research and Public Health, em 2020, um local de trabalho considerado tóxico pode ser prejudicial para a saúde dos colaboradores, levando a estresse, esgotamento, depressão, ansiedade e outros problemas psicológicos.

3) Diminui a produtividade

A construção de ambientes de confiança por líderes e gestores está diretamente vinculada ao aumento de produtividade e de qualidade nas entregas dos seus colaboradores. 

Ou seja, o funcionário satisfeito consegue ser mais produtivo e mais comprometido em trazer valor e impactos positivos para a empresa.

Consequentemente, é fácil entender o cenário contrário: insegurança, insatisfação, medo e esgotamentos podem, sim, impactar negativamente na produtividade geral da sua empresa.

4) Diminui o foco no que realmente importa

Além de todos os problemas com engajamento, motivação e produtividade, o microgerenciamento também faz com que o profissional precise gastar parte do tempo de expediente fornecendo esclarecimentos ao gestor sobre seu próprio processo de trabalho.

Ou seja, para dar conta de um supervisor que microgerencia, o colaborador precisa diminuir o foco em atividades que podem gerar valor à empresa e aos projetos que ele está envolvido para prestar justificativas sobre pequenos processos, decisões e direcionamentos que tomou.

Os efeitos do microgerenciamento no desenvolvimento de software

Nesta altura do texto, é importante lembrarmos que o microgerenciamento pode acontecer em diversos tipos de empresas e em diferentes nichos de mercado. Porém, ela pode ser ainda mais prejudicial para o processo de desenvolvimento de softwares.

Isso porque o desenvolvimento de sistemas, sejam web ou mobile, é um processo analítico, que demanda tempo e criatividade para seu avanço. Muitas vezes, um profissional desenvolvedor de software se depara com problemas complexos, cujas respostas precisam de concentração, estudo e pesquisa de soluções.

Dessa forma, sob às ordens de um microgestor, o dev acaba tendo que direcionar seu tempo e sua atenção para questões burocráticas que não agregam valor aos produtos digitais. Assim, fica difícil inovar.

Aqui na X-Apps, quando alocamos desenvolvedores em outras empresas ou projetos, sempre orientamos que os nossos desenvolvedores não sejam colocados em reuniões em excesso, justamente porque entendemos que seu tempo de trabalho precisa estar voltado ao que realmente importa: entregar valor.

>> Leia também: Por que empresas devem temer o Lock-in?

Mas e aí, como sair da microgestão?

O Gartner, a maior consultoria em TI do mundo, identificou o microgerenciamento como um dos maiores problemas para o futuro do trabalho. Felizmente, eles também já indicaram o caminho das pedras para evitarmos esse tipo de comportamento.

O primeiro passo é a mudança de mindset dos gestores.

E ele passa por algumas perguntas pessoais de autoconhecimento, como essas:

  • Onde e como eu realmente agrego valor ao negócio?
  • A quantidade de supervisão que faço hoje é realmente necessária ou devo dedicar esse tempo a outras tarefas, como criar estratégias com meus colegas ou identificar oportunidades junto com minha equipe?
  • A busca pela perfeição sempre faz sentido? Todas as atividades precisam sempre estar perfeitas e valem esse esforço de tempo e de dinheiro?
  • O seu jeito realmente é o único caminho certo? 

Em seguida, vêm algumas dicas e sugestões para evitar o controle excessivo.

1) Seus colaboradores não são robôs, eles também são inteligentes!

Isso quer dizer que os seus funcionários possuem talentos e autonomia para resolverem problemas sozinhos. Se houver alguma dúvida ou questão, aí sim eles virão até você.

2) Regra do 80/20.

Essa é uma sugestão que o Gartner criou para resolver na prática o microgerenciamento. Ela consiste em deixar os colaboradores resolverem problemas sozinhos em 80% dos casos, estando próximo apenas em 20%.

3) Crie apenas um checkpoint semanal

Ao invés de criar diversos checkpoints e to do lists, é possível criar apenas uma lista de controle que sirva para orientar o trabalho semanal da equipe. Assim, os seus colaboradores já sabem o que você espera deles e o tempo necessário que precisarão para entregar o que for preciso.

4) Não diga como fazer, pergunte como será feito

Outra dica é evitar mostrar sempre como a tarefa precisa ser realizada. No lugar, pergunte ao colaborador como ele pensa em executar a demanda que está com ele, por que escolheu tal caminho e quais dificuldades ele espera enfrentar.

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